Os portugueses escolhem produtos baratos

Segundo um estudo publicado pela Centromarca, o ECO refere que três em cada quatro consumidores admitem escolher marcas mais baratas nas compras e mais de metade adicionaram produtos promocionais aos seus cabazes.

Os resultados resultam de uma análise realizada pela Kantar e pela Centromarca – Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca, com uma amostra de 4.000 agregados familiares espalhados por mais de 1.000 pontos de inquérito que reportaram compras de 2 de janeiro a outubro. 8, 2023.

“Os portugueses procuram constantemente promoções e comparam preços”, destacou a Centromarca, “entre janeiro e setembro de 2023, 51,3 por cento das compras dos consumidores nacionais incluíram artigos em promoção” e “77 por cento dos consumidores inquiridos compararam preços” e escolheram as marcas mais económicas .

Além disso, os dados permitem concluir que em 2023, os consumidores em Portugal continuaram a aumentar a frequência das idas às compras e diminuíram o valor adquirido de cada vez, mas ambas as tendências diminuíram face ao ano passado.

No terceiro trimestre do ano, os consumidores reduziram o número de formas de fazer compras em comparação com 2022. A frequência de compra aumentou 3,3% para alimentos, 2% para produtos frescos e 3,3% para bebidas. Redução de 0,9% nas compras de ração animal.

O valor das compras diminuiu em todas as categorias de alimentação animal (-8,2 por cento), alimentos (-7,3 por cento), produtos frescos (-7,7 por cento) e bebidas (-6 por cento).

Os dados revelam ainda um aumento homólogo significativo do valor dos bens fora do cabaz de IVA 0 no segundo e terceiro trimestres do ano. “A reversão do IVA 0 poderá contrariar o aumento do volume do cabaz de produtos fora do cabaz, que se tem observado nos últimos meses”, partilhou Marta Santos, Diretora da Área de Clientes da Kantar.

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As marcas de entrega continuam a ganhar relevância nos lares portugueses, com um aumento de 4,4 por cento entre 2022 e 2023 e um aumento significativo de 19,4 por cento nos gastos dos consumidores.

“A progressiva compressão da inflação e o esperado aumento dos salários poderão permitir alguma recuperação do poder de compra de muitas famílias que foram massacradas nos últimos dois anos. No entanto, é necessário ter em conta o impacto adverso da transição para 0 IVA no início de janeiro”, disse Pedro Pimentel, Diretor Geral da Centromarca. Segundo o responsável, “se as condições políticas o permitirem, este seria um momento adequado para discutir propostas de harmonização do IVA no sector alimentar”.

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